GIROS DA TRANSMISSÃO EM PSICANÁLISE

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Desde a fundação do projeto SEMASOMa, em 2001, no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, trabalhamos a articulação da Psicanálise com a produção de saber no campo da ciência da língua. A ausência da consideração da dimensão do corpo nos estudos sobre aquisição da linguagem, bem como no estudo dos fenômenos linguísticos em geral, levou a reflexões sobre a tensão entre a linguagem e o corpo no processo de estruturação do sujeito e à consequente problematização das modalidades de inseminação do simbólico no real do corpo vivo. Trabalhamos, portanto, em conjunto com as linhas de pesquisa relativas aos estudos da natureza e dos fatores da significação, as articulações entre linguagem e psicanálise e a incidência das considerações da psicanálise sobre a captura do vivo na rede simbólica. A realização das oito jornadas que congregaram pesquisadores de várias universidades das áreas correspondentes e membros de instituições psicanalíticas já permitiu recolher seus testemunhos registrados em cinco livros: “Corpolinguagem – gestos e afetos” (2003), “Corpolinguagem – a est-ética do desejo” (2005), “Corpolinguagem – angústia, afeto que não engana” (2006), “Linguagem e Gozo” (2007) e “Um retorno a Freud” (2008), todos editados pela Mercado de Letras, de Campinas.
Tendo como mote os “Giros da transmissão em Psicanálise: Instituição, Clínica, Arte”, a VIII Jornada Corpolinguagem, articulada ao I Encontro OUTRARTE, aconteceu em novembro de 2008, em Belo Horizonte (UFMG), vindo contribuir para a consolidação do Centro de pesquisa Outrarte. O presente livro, que agora é dado a ler, reúne os trabalhos ali debatidos, que ressaltam a relevância de estudos nos confins de campos discursivos que fazem interface e que, nem sempre, são imediatamente distinguíveis. Partindo do discurso psicanalítico e da aposta em sua transmissibilidade, os trabalhos analisam a produção dos sintomas da civilização no laço social, focalizando espectros da literatura, das artes plásticas, da filosofia, da clínica e das instituições. Em sua diversidade, os trabalhos dão, enfim, um passo a mais nas modalidades de abordagens e de leitura.

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“Giros da transmissão em psicanálise: instituição, clínica e arte” moldura, como título, um volume de restos do impossível de transmitir a que se diz sim!
E, no entanto, tomado isoladamente, um giro pressupõe uma volta completa, a perfeição do círculo, um fechamento. No contexto em que aqui se escrevem, contudo entre instituição, clínica e arte , os giros dão voltas em torno da transmissão de um impossível.
O que se transmite desse saber que se arrisca a ser creditado pela instituição que dele se apropria? Que suposto saber responderia pelo que se transmite e não se transmite do não-saber inconsciente? Como a psicanálise se faz da experiência do interromper da arte permanecendo no limiar?
A transmissão da psicanálise não é o tema deste livro.
A transmissão não se tematiza, uma vez que, como tema, restaria provável (a não ser que esse provável apenas permaneça em seu horizonte, como a arte do poeta).
A transmissão também não se dobra docilmente à figura do elíptico, concebível nas brechas do subentendido (a não ser como um brinde do poeta a não importa o quê).
A transmissão também não se entrega a desvios que pressupõem caminhos (a não ser que tão somente se riocorrente… se extravie).
A transmissão não se oferece a uma expectativa (a não ser…).
E, no entanto, algo terá sido transmitido.
Um reenvio não para um ponto de partida, mas como um ponto de partida.
Reenvio ao por-vir.
Abertura para o improvável… (Viviane veras)

ISBN: 978-85-7591-121-1
Páginas: 352
Formato: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura
Edição: 1ª
Idioma: Português
Ano: 2009

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